Bem aventurados os pobres em espírito
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3).
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3).
Jesus não foi bem compreendido ao dizer que o reino dos céus é para os pobres em espírito.
O que Jesus quis dizer com “pobres em espírito”?
Jesus entendia que os pobres em espírito são as pessoas humildes, isto é, que não se acham melhores que as outras e trata a todos com respeito e igualdade.
A humildade é também uma atitude de aceitação da vontade de Deus. Jesus a coloca entre as virtudes que nos aproximam do Pai.
O orgulho, ao contrário da humildade, nos afasta de Deus, porque a pessoa orgulhosa acredita mais em si mesmo do que em Deus, chegando a se revoltar contra Deus, quando as coisas não acontecem como gostaria.
Muitos deles se acham inteligentes demais para considerar a existência de Deus, pois não podem admitir como possível aquilo que não podem compreender.
Quem será o maior no reino dos céus?
Quando os discípulos fizeram essa pergunta a Jesus, ele chamou uma criança entre eles e disse-lhes: __”“Na verdade, todo aquele que se fizer pequeno como este menino, será o maior no reino de Deus”
Jesus citou as crianças como o maior exemplo de humildade, pela simplicidade, por isso um modelo a ser seguido, por não terem a pretensão de ser melhor que os outros, nem achar que sabem de tudo, e não guardam rancor em seus corações.
O que o espiritismo fala sobre isso?
O espiritismo por meio dos depoimentos dos espíritos, confirma que os grandes no mundo dos espíritos são aqueles que foram pequenos na Terra, ou seja, os humildes. Estes levam consigo ao morrer, as verdadeiras riquezas, que nunca se perdem: as virtudes.
Geralmente o que torna o homem orgulhoso na Terra é o poder, a força, a fortuna, os títulos, a beleza e nada disso ele pode levar consigo ao mundo espiritual, deixando tudo que os fazia ser grandes na Terra.
O espiritismo nos mostra que na encarnação presente ou nas futuras, os que se deixam dominar pelo orgulho e pela ambição sofrerão as consequências de seus atos e passarão por experiências corretivas para que desenvolvam a simplicidade de coração.
Os mais modestos e humildes se elevam aos olhos de Deus, nosso Pai.
Lembre-se, você não precisa ser melhor do que ninguém, e sim, melhor do que você mesmo.
Desta forma, você estará progredindo sempre!
O Relógio
O colégio onde Cecília estudava costumava finalizar o ano letivo com um espetáculo teatral. Desde o primeiro ano desejou participar, porém nunca tinha sido convidada, o que a deixava bastante triste.
Quando fez nove anos, ficou sabendo que finalmente haveria um papel para ela na peça teatral. Ela ficou felicíssima, mas essa alegria durou pouco: escolheram uma colega sua para o papel principal. E a ela coube uma ponta de pouca importância.
Sua decepção foi imensa. Voltou para casa em pranto. Sua mãe quis saber o que se passava e ouviu toda a história de Cecília, contada entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer, a mãe de Cecília foi buscar o bonito relógio de bolso do marido e colocou-o nas mãos de Cecília, dizendo:
— Que é que você está vendo?
— Um lindo relógio, com mostrador e ponteiros — responde a filha.
Em seguida, a mãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta:
— E agora, o que está vendo? — pergunta a sua mãe.
— Ora, mamãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos. Respondeu a menina.
Cecília não compreendia por que a mãe estava fazendo aquilo, pois não tinha nada a ver com o motivo do seu aborrecimento.
Entretanto, calmamente, ela prosseguiu:
— Este relógio, tão necessário ao seu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos.
As duas se entreolharam e, no olhar materno, calmo e amoroso, Cecília compreendeu o que sua mãe queria que ela entendesse.
Ela aprendeu, com a máquina daquele relógio, que os deveres mais ingratos e difíceis são essenciais. Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebeu que o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito e o dever cumprido.
Adaptação: Wallace Leal V. Rodrigues- Livro – E para o resto da vida, cap. 27
Menino Jesus
Um meninozinho
Nasceu num dia assim!
Seu berço era tão pobre,
Era de capim.
Deram-lhe o nome
Bonito de Jesus!
É ele o grande amigo
Que nos trouxe a luz.
Referencia - Aliança Espírita Evangélica. Músicas Sementes de Alegria